Antigamente, as mulheres tinham papéis específicos na sociedade: nasciam para serem filhas exemplares, eram criadas para serem esposas, sabiam cozinhar, bordar, costurar, eram preparadas para serem boas donas de casa e mães dedicadas.
Passados alguns séculos a mulher passou a buscar a igualdade de gêneros e a conquistar seu espaço no mercado de trabalho. Há quem diga, que não foi uma boa ideia...rs.
A ideia da independência financeira era perfeita.
Tudo seria lindo se as tarefas não tivessem se acumulado. Hoje, a maioria das mulheres trabalham fora, são cozinheiras, passadeiras e lavadeiras, vão ao mercado, levam filhos para escola, vão buscar, levam no médico, cuidam para que tomem banho e façam a tarefa da escola, vão em reuniões na escola, cuidam do marido, casa, cachorro, papagaio, e ainda precisam cuidar da saúde e da aparência. Para dar conta de tantos compromissos e funções de maneira plena, só mesmo sendo uma super mulher!
Mas, como Mulher Maravilha, Mulher Gavião, Mulher Gato ou qualquer outra super-heroína, só existem mesmo na ficção, as moças costumam ter dificuldade para lidar com tantas funções. A mulher atual quer fazer tudo, dar conta de tudo e, muitas vezes, paga caro por isso. Nossas atribuições se multiplicaram a partir do momento em que decidimos trabalhar fora além de cuidar da família e da casa, acumulando funções, por mais que os maridos nos ajudem. Ela tenta ser uma super mulher, mas nem sempre consegue.
Então, o resultado pode ser desastroso. Muitas mulheres sentem-se culpadas ou exigidas demais, vivendo a sensação de não estarem dando conta do recado como gostariam, frustradas em suas próprias expectativas.
São vários os riscos para quem vive se sentindo sobrecarregada. De acordo com especialistas, o perigo é não saber dosar, não saber reconhecer os próprios limites e impô-los quando necessário, e querer ser "perfeita" em tudo. Não existem mulheres perfeitas, nem super mulheres. Não devemos nos culpar por darmos o máximo de nós e ainda não darmos conta em alguns momentos como gostaríamos de fazer.
Sentir culpa também não ajuda em nada, pois ela só traz mais frustração. Em casos extremos, a pessoa pode somatizar as frustrações e desenvolver alguma doença no físico ou mesmo na alma - depressão, síndrome do pânico, ansiedade demasiada.
E como desempenhar tantos papéis sem "enlouquecer"? Bom, primeiro é preciso entender que estamos sempre escolhendo e priorizando algumas coisas. O segredo é fazer a escolha certa, dedicando mais atenção , e às vezes mais tempo , a determinado papel.
Dados esses passos, temos algumas orientações:
- Peça ajuda aos que estão próximos, como marido (dividindo as tarefas de casa e as responsabilidades com os filhos) e a mãe (avós são ótimas com netos quando se dispõem a ajudar os filhos nesse papel);
- Saiba que você não será perfeita, por mais que tente, pois todos nós temos nossos limites e fragilidades;
- Conte com pessoas de apoio, quando possível, para não sobrecarregar-se com as tarefas em geral;
- Tenha a consciência de que em algum momento de sua vida não será possível investir tanto no trabalho (com filhos pequenos), e em outros, os filhos serão sacrificados um pouco em sua companhia em função do investimento necessário para se atualizar (realização de cursos, viagens de negócios, reuniões...). Ou seja, tudo na vida exige dedicação e abdicação, dependendo da fase e da disponibilidade possível.
E se você é mãe solteira ou mulher separada, minha amiga, PARABÉNS pela sua força.
As mulheres são mesmo o "Sexo Forte" sem dúvida.
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